sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Ações do PIbid

Por: Regina Mesquita

Cremos que todo processo de intervenção pedagógica, como é o caso do PIBID -  Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência no subprojeto de História da UFRB no CAHL- Centro de Artes, Humanidades e Letras, desenvolvido na Escola Edvaldo Brandão na cidade da Cachoeira recôncavo baiano, deve ser precedido de uma análise anterior ao início das atividades. Mas por que se analisar a escola? E como será feita essa análise? Essas e outras perguntas de certa forma nortearam nosso processo de diagnóstico inicial que será explicitado a seguir.
Ao ingressarmos no PIBID nosso primeiro desafio foi traçar um diagnostico da Escola Edvaldo Brandão Correia com o intuito de avaliarmos o espaço que iríamos atuar durante todo o período vigente deste projeto. Para tal finalidade fomos a campo e fizemos um levantamento onde buscamos traçar o perfil desta escola. Análise da história da escola, levantamento de dados dos alunos na atualidade, levantamento de dados dos profissionais da educação que trabalham nesta escola e análise da estrutura física também da unidade escolar.
O acesso as fontes foi nossa maior dificuldade. A escola não possuía nenhum tipo de documentação histórica como planta da instituição, atas antigas, livro de registro, fotos antigas, enfim qualquer fonte, que nos ajudasse e motivasse a prosseguir. Só nos foi possível o contato com os documentos escritos em uma quantidade mínima da atualidade. Ao nos depararmos com esse desafio a busca pela fonte oral foi alternativa mais viável e eficaz, que por sua vez, não querendo diminuir sua credibilidade, tem suas lacunas, assim como os documentos escritos. Com isso, aplicação de questionário foi uma, entre tantas outras estratégias utilizadas quando o desafio foi acerca do quadro de discentes, docentes, e funcionários. Uma vez que a escola afirmava não ter documentação acerca destes.
            A Escola Estadual Edvaldo Brandão Correia, em Cachoeira, surge da necessidade em alocar mais estudantes, uma vez que o Colégio Estadual da Cachoeira se encontrava lotado, desta forma o curso de 1º grau foi criado na Escola Edvaldo Brandão Correia para redistribuir esse fluxo intenso de alunos. A aula inaugural se deu no dia 12/09/1979. A escola era para ser inicialmente um campo de futebol. Edvaldo Brandão Correia era cachoeirano, provedor da Santa Casa de Misericórdia e vice-governador na época da criação da escola, ele propôs a fundação da escola pelo grande contingente de pessoas não escolarizadas na região. Segundo relatos, afirma-se que as condições econômicas da época estavam em decadência pela situação que se encontravam as fábricas de charuto. Naquela época Cachoeira era um entreposto comercial, principalmente, por causa do trem que levava mercadorias para Feira de Santana, São Gonçalo e Conceição da Feira. Isso mudou quando a BR 101 foi criada, e o transporte de mercadorias por essa via foi intensificada, a ponto de prejudicar o transporte pela ferrovia, e sem contar os bancos de areia que naufragavam os barcos que navegavam pelo rio Paraguaçu, deixando aos poucos assim, o porto desativado. A população da época era considerada de classe baixa e com pouca instrução educacional.
            Antes da criação da escola, conforme relatos, o espaço que seria destinado à unidade escolar era um campo de várzea. Contudo, segundo relatos, o terreno foi adquirido da seguinte forma: aquisição de parte de terras medindo dois hectares e setenta ares, ou seja, vinte e sete mil metros quadrados, desmembrados do antigo sítio Limoeiro. Encontrava-se situado na Avenida São Diogo na cidade de Cachoeira na Bahia, onde estava construído o imóvel de propriedade da Sociedade Cooperativa Ginásio da Cachoeira que foi adquirida por doação em 19 de Setembro de 1979. A escola resultou em bons impactos inicialmente, pois ela possibilitava aos estudantes oriundos da zona rural e de outras localidades, uma possibilidade de instrução formal na zona urbana desta cidade. A maior parte dos alunos morava na zona urbana, uma vez que na época não existia transporte escolar para deslocar uma quantidade significativa de estudantes da zona rural, contudo, esse fator não anulava existência de estudantes oriundos da zona rural nesta unidade escolar.
A escola era apontada neste período como uma instituição que impactava positivamente na vida de todos nesta localidade, tanto entre os membros pertencente a escola, quanto em seu entorno que por sua vez,  participava dos eventos festivos, cívicos e estudantis sempre que possível.






           
             
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Atividade realizada no ano de 2013 pelo grupo do PIBID do subprojeto de História sob coordenação do professor Wellington Castellucci Junior.



domingo, 4 de agosto de 2013

Por: Antônio Rocha
 Larissa Regina
 Natiele Xavier
 Regina Mesquita
Sandro Cerqueira

Buscamos nesta oficina que teve como temática “O que é História” e, auxiliados por dois livros básicos para a temática, O que é História de Edward Carr e O que é História de Vavy Pacheco, onde no primeiro livro temos uma abordagem mais acadêmica tratando sobre a essência da área de conhecimento e o ofício do historiador, e na segunda algo mais simples. Logo depois acompanharíamos os estudantes a um museu para relacionar o significado da história com a função da instituição e os objetos do museu. Achamos interessante realizar algumas atividades antes do contato com os estudantes. Algumas atividades dinâmicas como a brincadeira do “dado histórico” e a exibição do curta O que é história nos ajudaria muito a “quebrar o gelo” com os estudantes e possibilitar uma aproximação deles conosco. Acreditamos que as conversas informais e uma naturalização do conteúdo nas intervenções pedagógicas seria muito interessante do ponto de vista da integração e participação de todos os envolvidos.
Decidimos então inovar e construímos uma atividade que tinha um caráter teórico, mas com muitos elementos daquilo que estava sendo a atividade prática. Sendo assim, através de estudos de algumas referências importantes para o ensino de história, como Selva Guimarães Fonseca, Circe Bittencourt e outros autores que discutem sobre algumas dimensões e conceitos históricos, levantamento de alguns filmes, desenhos e curtas que tratassem da mesma temática e algumas brincadeiras e dinâmicas que envolvessem o mesmo processo fizemos, conjuntamente com outros grupos realizamos o “aulão”: História, Memória e Consciência Histórica. Esta atividade tinha como intuito principal trabalhar as principais dimensões do conhecimento histórico de forma diferenciada. O “aulão” aconteceu em uma das salas do CAHL/ UFRB em Cachoeira pelo motivo de além de tirar os alunos da escola, quebrar aos pouco a ideia de que a UFRB não é para eles e sim para aqueles que vêm de outras cidades, como muitos ainda pensam a esse respeito, e também porque a universidade fornece uma série equipamentos, conforto e suporte que não tínhamos na escola.
No decorrer das atividades percebemos que haviam uma série de lacunas sobre conhecimentos básicos do conhecimento histórico, tanto de ponto de vista factual como do mais conceitual. Os estudantes não sabiam por exemplo (nem faziam ideia) do que vinha a ser um contexto histórico. Não sabiam muita coisa sobre história local e nem o porquê de sua cidade ser considerada patrimônio da humanidade ou ser chama de cidade heroica.